domingo, 9 de março de 2014

Almada bélica e bucólica no século XIX

Se dilemas há que nunca existiram, outros perduram sem que deles haja notícia.

William Page (1794 - 1872), topógrafo e pintor de paisagens, durante a Guerra Penínsular (1809 - 1814) fez o esboço daquilo que podia observar do campo do convento de S. Paulo.

Era Marechal de Campo Arthur Wellesley (1769 – 1852), o Duque de Wellington.

O esboço de Page, mais tarde, foi passado a desenho por Clarkson Frederick Stanfield (1793 – 1867), pintor de marinhas.

Pode ter sido na transcrição do esboço para o desenho que surgiu a grafia "Almeida" relativa ao topónimo Almada.

Desse desenho foi aberta uma gravura, pelo buril de Edward Francis Finden (1791–1857).

A gravura foi publicada, entre outros, em Finden's Landscape Illustrations to Mr. Murray's First Complete and Uniform Edition of the Life and Works of Lord Byron, London, John Murray, 1832, com o título "Lisbon from Fort Almeida [sic]".

Lisbon from Fort Almeida [sic], Drawn by C. Stanfield from a Sketch by W. Page, Engraved by E. Finden, Fieldmarshal The Duke of Wellington

Robert Batty (1789 – 1848), ilustrador e topógrafo, serviu na Guerra Peninsular (1809 - 1814) tendo sido ferido.

Regressou a Portugal (1826 - 1827) como Ajudante de Campo do General William Henry Clinton (1769 –1846) no apoio à jovem rainha D. Maria II (1819 - 1853) e à causa liberal.

Durante esse período, que precedeu a Guerra Civil Portuguesa ou Guerras Liberais (1828 - 1834), Batty fez um esboço daquilo que podia observar do campo do convento de S. Paulo..

Desse desenho foi aberta uma gravura, pelo buril de William Miller (1796 – 1882).

A gravura foi publicada em Select Views of some of the Principal Cities of Europe, London, Moon, Boys, and Graves, 1832, com o título "Lisbon from Almada".

Lisbon from Almada, Drawn by Lt. Col. Batty, Engraved by William Miller, 1830

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